Durante os dias 27 e 28 de setembro, Belo Horizonte sediou o II Encontro Nacional de Pesquisa e Ativismo Sobre Aborto (ENPAA). Realizado na Escola de Enfermagem da UFMG, o encontro reuniu cerca de 50 participantes de várias cidades do país, entre ativistas e pesquisadoras de diversas áreas, como saúde da mulher, direito, psicologia, filosofia, sociologia e tecnologia, cujos trabalhos e interesses dialogam com os temas da justiça reprodutiva e do acesso ao aborto legal no Brasil. O evento marcou ainda o Dia Latino-Americano e Caribenho pela Legalização do Aborto, celebrado no dia 28.
A abertura do encontro contou com o lançamento do livro “Práticas acadêmicas e políticas sobre aborto”, que reúne textos resultantes do I ENPAA, realizado em 2017. Ao longo dos dois dias de programação, foram debatidos temas como maternidade indesejada; violência obstétrica e institucional; impactos da clandestinidade, do racismo e da heteronormatividade para o debate de justiça reprodutiva; além de segurança digital e psicossocial para as mulheres que abortam.
O Coletivo Margarida Alves, que participou ativamente da construção do II ENPAA, esteve presente no segundo dia de programação. A margarida Layza Queiroz foi uma das facilitadoras da mesa “Conjuntura política atual: conquistas e ataques aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”.
Defensoras populares em justiça reprodutiva
Dando continuidade ao debate do II ENPAA, o Coletivo Margarida Alves, em parceria com o Brejo das Sapas, o grupo de mulheres Aura da Luta e com apoio da Fundação Luterana de Diaconia – FLD, realizará em Belo Horizonte o I Curso de Mulheres Defensoras Populares em Justiça Reprodutiva. Dividido em 3 módulos, os encontros acontecerão nos dias 19 de outubro, 9 de novembro e 7 de dezembro.
O curso é voltado prioritariamente para mulheres de ocupações urbanas, organizadas em movimentos sociais, lideranças comunitárias e ativistas de modo geral. As inscrições vão até o dia 11/10. Saiba mais aqui: https://bit.ly/DefensorasJustiçaReprodutiva