O rompimento da Barragem de Fundão, da empresa Samarco (joint venture da Vale S.A. e da BHP Billington) no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana-MG, ocorrido em 05 de novembro de 2015, gerou impactos ambientais e sociais incalculáveis. Tal desastre/crime despejou cerca de 60 bilhões de litros de rejeitos de mineração no rio Gualaxo do Norte, que compõe a bacia hidrográfica do Rio Doce, em Minas Gerais e Espírito Santo. Os rejeitos da barragem atingiram mais de 40 cidades na Região Leste de Minas Gerais e cidades do Espírito Santo, deixando um rastro de destruição à medida que avançou pelo Rio Doce até chegar ao mar, exterminando mais de 400 espécies ao longo do rio, deixando as localidades sem abastecimento de água e privando populações ribeirinhas de seu meio de sustentação. Além disso, provocou a mortandade de animais e resultou em risco à saúde humana.
O Coletivo Margarida Alves, através do projeto “Assessoria Jurídica Popular às comunidades diretamente atingidas pelo rompimento da barragem de rejeitos de Fundão da mineradora Samarco, em Mariana – MG”, buscou combater a hegemonia das empresas mineradoras, desmascarando, por um lado, os impactos territoriais e violações de direitos humanos, direitos trabalhistas e socioambientais pelos quais são responsáveis; desmitificando, por outro, a noção da inevitabilidade da mineração, estudando a viabilidade de outros projetos econômicos para o município de Mariana. Utilizou-se como principal ferramenta a formação e capacitação de atores e atrizes sociais, fortalecendo o pensamento crítico acerca da mobilização local e a luta em favor dos direitos que foram extirpados com o desastre-crime ocorrido em 05/11/2015.
Saiba mais informações na página do Coletivo MICA – Mídia, Identidade, Cultura e Arte, parceiro do CMA na realização de oficinas sobre Direito à Comunicação. Acesse aqui.