O Coletivo Margarida Alves acompanhou, por longos anos, o Espaço Comum Luiz Estrela. O centro cultural surgiu da ocupação urbana cultural feita por artistas e ativistas, em 26 de outubro de 2013, de um casarão tombado no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. O movimento foi acionado judicial e administrativamente, e o Coletivo, em ampla rede colaborativa, patrocinou sua defesa tanto perante o Ministério Público quanto na via judicial. Obtida a vitória de suspensão da ordem de despejo, sob o argumento constitucional de que a sociedade tem o direito de tomar para si a preservação do patrimônio histórico e cultural, sobretudo quando a ação ou omissão do poder público o ameaça, abriu-se um processo de negociação pelo uso do espaço junto ao governo do Estado, detentor da propriedade. Ao final, conquistou-se a cessão de uso do imóvel por 20 anos para o Espaço Comum Luiz Estrela.