Minas Gerais possui atividade minerária em pelo menos 250 dos seus 853 municípios, o que torna a mineração um elemento chave para a conformação territorial do estado. Porém, somente nos últimos anos, todo o país têm visto com maior intensidade a face mais perversa do modelo de mineração adotado nesses locais. Os episódios de rompimento das barragens de Mariana em 2015 e Brumadinho em 2019 trouxeram à tona o poder de destruição desse sistema predatório de exploração, já há muito tempo denunciado por movimentos sociais, povos e comunidades atingidas.
A série de artigos “Minas de Resistência”, publicada pelo Coletivo Margarida Alves em 2019, com apoio do Fundo Casa, da campanha Ninguém Fica Pra Trás e em parceria com o Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM, trouxe visibilidade a diversos temas ligados à presença devastadora da mineração em Minas Gerais e, em especial, na vida das mulheres.