Um pouco da história de Margarida Maria Alves no Dia da(o)
Trabalhadora(o)
No dia em que se comemora o Dia do Trabalhador/a relembramos um pouco da história de vida de Margarida Maria Alves, grande mulher que deu nome ao Coletivo Margarida Alves.
Mulher, mãe, trabalhadora, sindicalista e defensora dos direitos dos pobres e oprimidos, Margarida nasceu em Alagoa Grande/PB, e foi a primeira mulher a exercer um cargo de direção sindical no país.
Durante o período em que esteve à frente do sindicato local de sua cidade foi responsável por ajuizar mais de 100 ações trabalhistas na Justiça do Trabalho regional, tendo sido também a primeira mulher a lutar pelos direitos trabalhistas no Estado da Paraíba durante a Ditadura Militar.
Margarida morreu no dia 12 de agosto de 1983, atingida no rosto por um tiro proveniente de uma escopeta calibre 12. No momento do disparo, ela estava em frente a sua casa, na companhia do marido e de seu filho. Ao que tudo indica Margarida foi morta por um matador de aluguel e o crime foi cometido por viés político.
Após 30 anos, o crime, que teve repercussão internacional com denúncia encaminhada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), não teve nenhum acusado responsabilizado pela morte da sindicalista.
O legado de Margarida Alves cresce cada dia mais, pois é motivo de inspiração para milhares de mulheres mundo a fora; mulheres que, assim como Margarida, ousam lutar contra todas as formas de opressões e injustiças – que perpassam as esferas trabalhistas e provenientes da violência de gênero, seja física, sexual, psicológica, patrimonial ou moral.