Nosso povo desconhece a importância desse nome

Nosso povo desconhece a importância desse nome.

Por Luara Colpa.

capaMargarida Alves. Nosso povo desconhece a importância desse nome. Margarida, a mulher, mãe, sindicalista que lutava por melhores condições de trabalho, fora assassinada na porta de casa aos 50 anos de idade. Margarida tombou aos pés do filho e marido, pela força do inimigo que carregava uma escopeta calibre 12. 

A simbologia dessa cena percorre décadas: Margarida foi chamada ao quintal, os lençóis balançavam, ela podia ver a sombra de seu algoz, mas não recuou. Naquele corpo estava presente a coragem e os direitos, do trabalhador e da mulher. O lençol trepidava, mas Margarida não.

Essa cena nos faz lembrar que direitos não recuam, não se negociam. Que direitos não podem retroceder.

Quando nasce o Coletivo Margarida Alves em Belo Horizonte, o que sentimos é uma fileira grandiosa de pessoas que não recuam. As Margaridas são advogadas, são as trabalhadoras, são as mulheres, são muitas… De mãos dadas com aquela Margarida lá, a Paraibana. Margaridas são sobretudo o que somos: um povo que batalhou muito para emplacar conquistas e que não pretende vê-las em desalinho. Margaridas são mãos, potência e representatividade!

Na Assessoria Popular e Jurídica que protagonizam, muito nos abrilhantam – com a razoabilidade que nos faz relembrar a verdadeira função social da profissão de advogada e nos Projetos sobre os quais se debruçam – alcançando muitas conquistas, fruto de quem se entrega de corpo e alma!
Meu carinho é especial a esse coletivo: combativo, coerente, necessário.
Que nossa história continue sendo escrita por mãos que vão ao encontro. E que nosso povo siga sendo protagonista de sua própria trajetória. Sem recuar!

Vida longa às Margaridas!